Pontos Principais
- A greve dos caminhoneiros segue confirmada para esta segunda.
- Até agora não há indícios que possa se tornar um evento de larga escala como visto em 2018.
- No entanto, não descartamos o potencial de ganhar força e parar o Brasil mais uma vez.
Agendado para 1 de novembro
- Este ano, os caminhoneiros têm reclamado constantemente da alta de preços de combustíveis – principalmente diesel.
- Apesar da pressão diária, a Petrobras continua usando os preços internacionais como benchmark para seus reajustes.
- Com a alta no preço do petróleo e a desvalorização cambial, os ajustes têm sido normalmente para cima.
- O preço do diesel nas refinarias está 63% acima dos patamares de janeiro, por volta de R$3,4/litro – um recorde.
- Além disso, a baixa demanda por frete rodoviário significa que o valor do frete não está subindo o suficiente para compensar a alta de preço de combustíveis para os motoristas.
- Diversas tentativas de greve e ameaças foram feitas este ano, mas nenhuma com alta aderência.
- No entanto, a greve marcada para hoje parece ter mais força que a tentativa feita em agosto.
- Apesar dos esforços do governo em acalmar as tensões, como prometendo um auxílio diesel, os caminhoneiros seguem descontentes e disseram que seguem com o planejado.
Quais os Impactos?
- Apesar da greve seguir em frente, nem tudo parece perdido:
- Ao contrário de 2018 (vide última sessão deste relatório), grandes empresas transportadoras não aderiram.
- Isso significa que a maior parte dos caminhoneiros é autônoma e pode não ter força em tornar o movimento maior.
- Adicionalmente, eles declararam que não farão bloqueios nas estradas o que significa que bens e serviços poderão continuar circulando e abastecendo o país.
- A última vez que o país ficou refém desta situação (maio de 2018), o Brasil parou por 10 dias e o impacto visto no PIB foi uma redução de 1 ponto percentual.
- Dado que o transporte de bens no país é feito principalmente por rodovias (mais de 60%), um impacto de uma greve de larga escala é visto em toda cadeia – desde a produção até o consumidor final.
- Para açúcar especificamente, isso pode significar problemas no transporte para os portos, causando atraso no carregamento dos navios. E dependendo da duração da greve, até os diferenciais físicos poderiam ser impactados no curto prazo.
- E quanto à produção de açúcar, apesar da safra estar caminhando para o fim, um possível impacto no abastecimento de combustíveis poderia resultar em paradas não desejadas nas operações de colheita.
- Infelizmente, apenas vamos saber com certeza dos impactos no dia seguinte. Só então poderemos entender quanto da classe se juntou a greve e quanto poderia durar.
Lembra de 2018?
- Em 2018 a greve dos caminhoneiros durou 10 dias, levando a problemas desde os campos até os portos, desabastecimento de combustíveis, voos cancelados, apenas para nomear alguns.
- Abaixo colocamos um dos relatórios que publicamos na época, lá em maio de 2018, para que você possa relembrar o impacto daqueles dias tensos…
Outros Relatórios que Possam Ser de Interesse: