Pontos principais

· Os preços do petróleo bruto Brent ultrapassaram 115 USD/bbl.

· Este é o maior nível desde 2014.

· A pressão agora é para que a Petrobras faça seu primeiro reajuste de preços desde 12 de janeiro.

O preço do petróleo continua a subir e, nesta semana, o valor rompeu US$ 115 o barril do Brent. A defasagem do preço no Brasil em relação ao mercado internacional chega a 25%, segundo dados da Abicom, pressionando a Petrobras por reajustes.

Os líderes dos Estados Unidos e União Europeia estão cientes que as sanções apresentadas à Rússia devem pesar no bolso da população, com reflexos na economia mundial. Se você quiser entender esses reflexos, não pode deixar de conferir MegaCast Especial – Os efeitos da guerra da Ucrânia para os mercados globais de energia e o Brasil.

As maiores petroleiras do mundo estão revendo seus projetos em parceria com a Rússia. Enquanto isso, algumas medidas estão sendo tomadas para não provocar uma falta de suprimento de derivados do petróleo. Os 31 países membros do Conselho de Administração da Agência Internacional de Energia liberaram 60 milhões de barris de suas reservas, que totalizam 1,5 bilhão de barris.

A agência também lançou algumas medidas para reduzir a dependência da Europa do gás natural russo até o próximo ano.

Já a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia (Opep+) decidiu manter o ritmo de aumento de produção gradual, com a ampliação da produção em 400 mil barris por dia em abril.

E o temor de um desastre nuclear está pacificado – pelo menos por enquanto. A Agência Internacional de Energia Atômica declarou que apesar do avanço russo próximo a instalações nucleares, não há alterações nos níveis de radiação.

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Apesar do abrandamento da crise hídrica, ela ainda tem dado o que falar no setor. Mas sem motivo de alarde, como consequência de resultados e perspectivas de produção.

Para saber como anda os níveis do reservatório no Sistema Interligado Nacional (SIN) e a previsão de chuvas nas principais bacias, acesse a #Live Ligados no Preço desta semana.

No caso dos resultados, a crise pesou nos resultados financeiros da AES Brasil no quarto trimestre de 2021, no entanto, a companhia seguiu com sua estratégia de diversificação da matriz, e a geração eólica e solar alcançou 45% do Ebitda do grupo.

Já para o mercado de gás natural, o acionamento termelétrico durante a crise hídrica ajudou a impulsionar o setor que cresceu 28,8% em 2021, para 76,043 milhões de m³/dia, de acordo com a Abegás.

Já a Omega Energia, sem ativos de geração hídrica, comemorou o bom resultado por meio de sua comercializadora, e se mantém de olho na venda de créditos de carbono e na autoprodução de energia.

E a Alupar, sem conseguir vitórias em leilões de transmissão no Brasil desde 2017 destacou que continuará participando dos próximos certames, e vai dar lances que considere que gerem valor para a companhia.

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