Pontos principais
- Como resposta à crise hídrica, o Governo aprovou medidas emergenciais para conter a situação
- A medida prevê o acionamento de mais termoelétricas, o que irá encarecer o preço da energia
- A seca também reduz a oferta de bagaço de cana, criando um aumento no preço do produto
O sistema elétrico e a crise hídrica
- O governo federal publicou, nesta semana, uma medida provisória que permite ações excepcionais para o enfrentamento da crise hídrica.
- Essa medida permite a contratação das reservas de energia elétrica em carácter emergencial sem especificar fontes que podem ser acionadas.
- Uma das principais medidas para essa crise é a redução das vazões das hidrelétricas. Para isso, será acionado as termoelétricas que possuem um custo de operação mais alto.
- A tendência é que o preço de energia suba.
- Assim, o objetivo é esperar a chegada do período úmido (início previsto em novembro) mantendo um mínimo de volume de água nos reservatórios.
Seca e preços de bagaço de cana
- O clima seco também impacta na produtividade agrícola de cana, o que consequentemente reduz a massa verde e bagaço para geração elétrica por queima de biomassa.
- O bagaço de cana é responsável pela produção de 8% da energia elétrica do país.
- Com o risco de faltar bagaço, preço da biomassa já está em alta.
- Para o estado de São Paulo (SP), a média de preço é de BRL85.8/mt contra BRL39/mt de 2020 – aumento de 220%.
- Já no estado de Paraná (PR), a média de preço do bagaço sofreu uma elevação de 186.1%, de BRL18.8/mt BRL35/mt.