Mercado de Energia do Brasil: Atualizações

Principais Pontos

Mercado de Energia: O mês de maio foi caracterizado por fortes chuvas na região Sul do país e seca nas demais regiões.

Os reservatórios permanecem em níveis confortáveis para o sistema, embora tenham começado a declinar nas regiões centrais do Brasil.

O preço da energia elétrica permanece no piso de R$ 61,07/MWh.

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Durante o mês de maio, foram observadas chuvas alarmantes na região Sul do Brasil, resultando em efeitos catastróficos no estado do Rio Grande do Sul, com precipitação diária superior a 700 mm, enquanto outras regiões sofreram seca devido à presença de alta pressão na porção central do território.

Nas regiões Sudeste/Centro-Oeste observamos temperaturas elevadas na primeira quinzena do mês e temperaturas mais amenas nos últimos dias.

No subsistema Sul, a ENA (Medida da quantidade de energia que pode ser gerada pela água que flui para os reservatórios das centrais hidroelétricas) atingiu, em maio, valores recordes dos últimos 5 anos.

Principalmente no estado do Rio Grande do Sul, testemunhamos chuvas intensas e constantes, com enchentes que atingiram mais de 5 metros de altura.

No Nordeste e Norte tivemos aguaceiros fracos e esparsos, com mais ocorrências no extremo norte.

Apesar de estarem abaixo dos níveis do ano anterior, os reservatórios permanecem em nível elevado e confortável para operação.

Maio encerrou com o %EAR max (Armazenamento Máximo de Energia) em -0,11 pontos percentuais (pp) para o Sudeste, +0,09 pp para o Sul, -0,38 pp para o Nordeste e +0,11 pp para o Norte.

Até o final de junho, a %EAR max está prevista em -3,30 pp para o Sudeste, -16,50 pp para o Sul, -5,50 pp para o Nordeste e -4,40 pp para o Norte.

Não houve eventos que ocasionassem desvinculação do PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), fechando assim no piso de R$ 61,07/MWh.

As catástrofes no Sul e alguns efeitos dos dias quentes fizeram com que o CMO (Custo Marginal de Operação) se desviasse de zero, mas foi insuficiente para provocar um desacoplamento do PLD.

Com o cenário de seca observado no mapa, os preços voltaram a subir, atingindo níveis observados no primeiro trimestre de 2024, onde o produto do quarto trimestre de 2024 é atualmente o produto mais caro comercializado.

Previsão de chuva

Para os próximos 15 dias, são esperadas precipitações consideráveis apenas na porção sul, a partir de 13 de junho, enquanto as demais regiões deverão permanecer secas. Vale ressaltar que o fenômeno El Niño não está mais presente.