Pontos Principais
Em agosto, o mercado de energia foi impactado por baixa precipitação. A ENA manteve níveis elevados no Sul, mas abaixo dos últimos dois anos, enquanto as regiões Norte e Nordeste enfrentam escassez. O cenário pressionou o PLD, que registrou o valor mais alto do ano, iniciando uma tendência de alta nos preços.
Balanço do Brasil
Durante o mês de agosto, tivemos poucos episódios de precipitação significativa, concentrados principalmente no extremo sul do país e na região litorânea do Nordeste.
Na região Sul do país, a ENA segue alcançando níveis elevados, apesar de abaixo do observado nos últimos 2 anos. No estado do Rio Grande do Sul, as chuvas intensas e constantes prevaleceram ao longo de todo o mês. Já nas regiões Nordeste e Norte, o contrário foi observado, o que levou a uma queda da energia afluente para patamares próximos às mínimas dos últimos 5 anos para o período.
Quanto aos reservatórios, encerramos o mês de agosto com o %EARmáx em -6,77 p.p. para o Sudeste, -24,82 p.p. para o Sul, -6,88 p.p. para o Nordeste e -5,23 p.p. para o Norte. A previsão para o final de setembro é que o %EARmáx esteja em -7,77 p.p. para o Sudeste, -16,18 p.p. para o Sul, -4,79 p.p. para o Nordeste e 0,1 p.p. para o Norte.
Os modelos preditivos começaram a apresentar preços mais altos devido à ausência de chuva, e agosto já se consolidou como o mês com o PLD mais alto do ano.
O PLD médio mensal de agosto foi de R$ 118,79/MWh para a região o Sudeste, R$ 118,79/MWh para o Sul, R$ 103,82/MWh para o Nordeste e R$ 118,80/MWh para o Norte.
Com esse comportamento observado em agosto, os preços de mercado de toda a curva subiram, especialmente para o quarto trimestre de 2024, iniciando uma tendência de alta
Previsão de chuva
Nos próximos 15 dias, espera-se precipitação esparsa e isolada apenas no extremo sul do país, enquanto as demais regiões devem permanecer secas.