Pontos principais
- A campanha de vacinação avança, 40% da população brasileira já tomou a primeira dose
- A economia volta a aquecer e a produção industrial cresceu 1.4% em maio, retornando ao nível pré-pandemia
- O IGMP de julho desacelera para 35.7%, mas isso não muda o cenário pressionado de preços ao consumidor final.
Ritmo de vacinação volta com fôlego
- No mês passado, o ritmo de vacinação do Brasil havia perdido a velocidade, mas ganhou fôlego ao longo das últimas semanas com a distribuição diária de vacinas se aproximando da marca de 1,4 milhão de doses por dia.
- O país já vacinou 40% da população até o momento – 85 milhões de pessoas com pelo menos a primeira dose.
- Apesar do noticiário recente destacar a paralisação da aplicação de vacinas em algumas cidades, as perspectivas continuam positivas.
- Para julho, esperamos a entrega de cerca de 42 milhões de doses.
- Alguns sinais positivos já começam a aparecer, as taxas de ocupação de UTIs recuaram na maior parte dos estados ao longo de junho, e as taxas de vacinação estão avançando gradualmente em todo o país.
- Com a campanha de vacinação andando, a economia volta a aquecer – perspectiva de crescimento do PIB de 5.3% para este ano.
Retomada da produção industrial
- Após três meses consecutivos de queda da produção, a produção industrial cresceu 1.4% em maio, mesmo nível de pré-pandemia.
- Reflexo da demanda doméstica e externa aceleradas.
- Com isso, é provável que a produção industrial continue crescendo.
- Assim também é esperado um maior consumo de eletricidade para acompanhar a produção.
- O que adiciona ainda mais pressão altista nos preços de energia.
Tarifa de energia ainda mais elevado
- A crise hídrica leva ao uso de fontes mais custosas para geração de eletricidade.
- Foi anunciado pela ANEEL um aumento nas bandeiras de tarifárias de energia elétrica para o mês Julho.
- Esse aumento elevou a bandeira tarifária vermelha 2 de 6.24BRL/100kWh para 9.49BRL.
- Também foi aprovado pela ANEEL um reajuste de 11.38% na tarifa de energia elétrica cobrada no estado de São Paulo.
Sobre a inflação de junho…
- A inflação deu uma trégua em junho, o resultado do IGPM foi de 0.6% – abaixo das expectativas.
- A queda do dólar em frente ao real junto com o recuo em dólar das commodities aliviaram a inflação no atacado.
- No acumulado de 12 meses, o IGMP de julho desacelera para 35.7% contra 37% em maio.
- A redução da inflação no atacado desacelerara o IGP-M em junho, mas ainda assim teremos impactos nos custos de produção.
- Para o consumidor final, a perspectiva dos economistas é que o IPCA deva se encerrar em 6.1% em 2021 – acima do teto da meta de 5.25%.