Pontos Principais 

  • Com a quebra de safra acentuada, 21/22 será a menor produção de etanol dos últimos 3 anos.
  • O resultado é um estoque de passagem apertado, que dará suporte aos preços altos.
  • Porém, o risco de abastecimento e redução da mistura na gasolina fica latente.

 

Começando do Final 

  • Queda na nossa revisão de safra, mudamos nossa estimativa de etanol para 26,9bi litros – incluindo etanol de milho.
  • Isso representa uma redução de quase 850mi litros em relação a expectativa anterior.
  • Todas nossas premissas para a revisão dos números podem ser encontradas no relatório: CS Brasil: 32,5mmt de Açúcar. 

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Oferta 

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  • Com a paridade nas bombas favorecendo a gasolina, o foco nessa safra tem sido a produção de anidro, contrário ao visto nos últimos 3 anos.
  • Apesar do início de safra ter favorecido a produção de hidratado, começamos a ver a mudança para anidro a partir de maio.
  • Este comportamento da produção foi impulsionado por maiores prêmios de anidro, negociados tanto nos contratos como na venda spot, como também pela migração da preferência do consumidor para a gasolina – mais sobre isso na próxima sessão.
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  • Mas no geral, a produção de etanol é a menor dos últimos 3 anos.
  • Com a revisão de safra da última semana, a oferta de etanol encolheu 850mi litros.
  • A projeção de estoque finais ao final de março é a menor esperada da década.

 

Demanda 

  • Apesar da pandemia não ter acabado, aos poucos as pessoas estão retornando à normalidade.
  • Isso é refletido na recuperação do consumo de combustíveis, que tenta retornar a níveis pré-pandemia.
  • No acumulado de janeiro a junho (dados de julho ainda não foram divulgados), o consumo cresceu 6% a.a.
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  • Apesar da recuperação, a demanda de etanol segue bem abaixo dos níveis de 2019.
  • No acumulado, as vendas reportadas de hidratado combustível estão 1.5bi litros abaixo de 2019.
  • Compreensível já que a paridade nas bombas permanece persistentemente acima de 70% desde abril.
  • Inclusive, os patamares atuais de paridade em 75% são os maiores registrados na década.
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  • A participação do hidratado na demanda total é a menor desde 2017.
  • A tendencia é que permaneça assim pelos próximos meses chegando a 25%.
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Balanço Final  

  • Apesar da redução na demanda esperada de hidratado, isto não significa uma visão negativa para preços na entressafra.
  • Como já falamos, os estoques de etanol devem ser os mais apertados da década contribuindo para manutenção dos níveis atuais.
  • Além disso, apesar da recente queda nas cotações de petróleo, o alto preço da gasolina na refinaria contribui para o suporte de preços de etanol.
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  • Outra preocupação que temos visto bastante é o questionamento da manutenção da mistura de anidro na gasolina em 27%.
  • Com a projeção atual para os próximos meses tanto para demanda total de combustíveis tanto para participação do hidratado, acreditamos que apesar de apertado o estoque ao final de março será suficiente para atingir o requerido pela ANP – mas no limite.
  • Em relação ao ano que vem, bom isso é uma discussão para outra hora…

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Ana Zancaner

Ana graduated from Insper University Sao Paulo in 2013, with a bachelor’s degree in business administration. She joined CZ as an intern in 2013 and is now our senior analyst in our Sao Paulo office. At CZ she is responsible mainly for analysis of the Brazilian sugar and ethanol sector but supporting other consulting requests as well.

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