- Petrobras mantém o preço do diesel inalterado
- Senador próximo a Lula sugere fusão Petrobras-Eletrobras
- A bandeira da tarifa de energia muda para verde devido à escassez de água
Estamos há dez dias sem mudanças na pasta de Energia ou na presidência da Petrobras.
Também não houve reajuste no diesel, como esperava o mercado, em uma última cartada de José Mauro Coelho à frente da estatal.
A cartada – se foi a final, ainda não sabemos – foi um envio de uma carta ao Ministério de Minas e Energia, alertando sobre a possibilidade de desabastecimento no segundo semestre.
Relatório do banco UBS também aponta para esse desabastecimento caso a Petrobras deixe de aplicar a política de paridade com os preços internacionais. E com preços mais elevados, a consultoria S&P estima que a demanda por gasolina e etanol no Brasil deve recuar em 45 mil barris por dia no segundo trimestre de 2022.
De acordo com dados mais recentes da Abicom, o preço da gasolina no Brasil está com defasagem de 11%, em relação ao mercado internacional. Já o preço do diesel no país está com desconto de 7%, ante o mercado internacional.
Enquanto isso, está nas mãos do Senado, que já se reuniu com representantes estaduais, aprovar o teto de 17% para os combustíveis.
Proposta de Fusão Petrobras-Eletrobras
Nesta semana, Camila Maia, jornalista da MegaWhat entrevistou com exclusividade o senador Jean Paul Prates (PT-RN), que não busca reeleição e tem dialogado com a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência. Entre as ideias de Prates, está a fusão entre Petrobras e Eletrobras em uma nova empresa de energia, com menor foco em exploração e produção de petróleo, investimentos na aceleração da transição energética e muito diálogo com todos antes de qualquer mudança.
Se não houve troca na pasta do Ministério de Minas e Energia, houve substituição de algumas cadeiras que ficaram vagas:
Gentil Nogueira de Sá tem cessão aprovada para cargo de secretário de Energia Elétrica do MME
Ex-chefe de gabinete de Bento Albuquerque, José Roberto Bueno, vai para Secretaria-Executiva do MME
E se no MME as coisas ficaram mais tranquilas na semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi palco de cautelares contra a substituição de quatro usinas do Procedimento Competitivo Simplificado (PSC) pela termelétrica Mario Covas, da Âmbar Energia.
A diretora-geral substituta da Aneel, Camila Bomfim, acatou os recursos apresentados pelas que representam consumidores de energia e suspendeu a decisão anterior. A discussão do mérito deve ser na próxima terça-feira, será que vai?
E na pauta da Aneel, na última terça, foi aprovada abertura de consulta pública para discutir sobrecontratação involuntária de excedentes da GD.
Além disso, a mudança da bandeira tarifária, de escassez hídrica para a verde, pode trazer uma redução média de aproximadamente 2% nas tarifas em 2022, na comparação com o ano anterior, de acordo com estimativas da consultoria PSR.