Pontos Principais
- OPEP decide aumentar a oferta de petróleo, resultando na recente queda de preços;
- Isso pode gerar um risco para o teto do etanol;
- Mas os ajustes dependem de como a Petrobras irá reagir e repassar às bombas.
Relembrando ano passado
- No ano passado, o mercado de energia passou por uma montanha-russa.
- Os preços foram pressionados pela queda na demanda ocasionada pelas restrições para conter a pandemia – o WTI chegou inclusive a atingir valores negativos: -38USD/barril.
- Na tentativa de reverter a queda de preços, a OPEP fez um acordo histórico de reduzir a produção.
O que está acontecendo agora…
- À medida que a economia global se recupera da pandemia, a economia volta a se aquecer.
- Os preços mantiveram uma trajetória positiva, inclusive ultrapassando valores pré-pandemia.
- No entanto, no último domingo (19 de julho 2021), foi acordado entre os membros da OPEP+ o aumento da oferta de petróleo a partir de agosto com o intuito de frear a subida dos preços.
- O aumento na produção deverá ser de 400 mil barris por dia, até que toda a produção interrompida no ano passado retorne.
- Entretanto, o grupo deixou em abertos possíveis revisões de acordo com a necessidade.
- Após o anúncio, os preços dos petróleos caíram cerca de 6%.
Os impactos aqui no Brasil…
- A queda no preço spot e futuro do petróleo impacta no comportamento de seus derivados, entre eles a gasolina.
- Com o preço da gasolina internacional mais fraco, reduções no preço da gasolina doméstica podem ser necessários.
- Atualmente, a paridade entre a gasolina doméstica e internacional se mantem negativa, reduzindo a necessidade de um reajuste no curto prazo.
- Mas caso o petróleo se enfraqueça mais ou o Real fortalecer, a Petrobras pode ter que rever seus patamares de preços…
- Para o setor sucroenergético, quanto mais baixo o preço da gasolina mais o etanol deve cair para procurar manter sua competitividade.
- Ou seja, há um risco de teto de preços mais baixo para o etanol.
- Mas ressaltando que tudo dependerá da continuidade de queda de preços do petróleo e repasses da Petrobrás.