Vamos ver os destaques do mercado de energia da semana passada:
Aneel critica ‘reserva’ de uso da rede de transmissão por empreendimentos renováveis
Distribuidoras têm até março para pagar bônus aos consumidores que reduziram demanda
Com nova cláusula, leilão da CEEE-G é remarcado para 23 de março.
A temporada de balanços já começou, mas ainda não chegou a vez das elétricas. Enquanto isso, a Eneva realizou uma apresentação para investidores sobreas suas estratégias de negócio e o andamento dos projetos já iniciados.
Entre eles, anunciou ter completado o teste da primeira turbina da termelétrica Jaguatirica II e espera estar com a plena operação comercial da usina até meados de março.
Também em março, a Eneva espera concluir a operação de aquisição da Focus Energia, o que permitirá ampliar seu portfólio com a participação de fontes renováveis e no mercado livre de energia. Dentro da sua estratégia, a empresa ainda prospecta a diversidade de negócios na região Norte, que teria um mercado “small scale” de 1,8 milhão de m3/dia de gás natural equivalente.
Já as petroleiras divulgaram seus dados de produção. No caso da Petrobras, as vendas de derivados no quarto trimestre do ano passado somaram 1.848 mil barris por dia (Mbpd), crescimento de 4,7% na comparação com os últimos três meses de 2020. As vendas de gasolina foram destaque no período.
A produção de petróleo e gás natural da PetroRio em janeiro somou 34,9 mil barris de óleo equivalente por dia (BOE/d), com crescimento de 2,1% em relação a dezembro de 2021. A 3R Petroleum e PetroReconcavo também tiveram aumento da produção na comparação com dezembro, respectivamente, de 13,14% e 9,5%.
As fabricantes de aerogeradores também publicaram seus números de 2021 no mercado internacional. As europeias Vestas e Siemens Gamesa estão entre as companhias que tiveram os resultados afetados negativamente pelos aumentos de custos das matérias-primas, principalmente o aço, e pelos problemas de logística na cadeia de suprimento global.
E já que estamos falando de óleo e gás, executivos e especialistas apontam que a falta de harmonização estadual é um dos grandes desafios para atrair investimentos dentro do novo mercado de gás natural.
Enquanto isso, apesar da recente alta nos preços da gasolina e do diesel, a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta um aumento na defasagem dos valores entre o mercado doméstico e do exterior de 12% para a venda dos combustíveis.
Também deve ter aumento a demanda energética do setor de transportes em 2,5% ao ano de 2021 a 2031, aponta o novo caderno do Plano Decenal de Energia (PDE) 2031, publicado pela EPE.